Já se estableceu que todas as células necessitam de oxigénio para fabricar compostos e precisam de excretar CO2 e outros gases. O sistema usado para esses transportes de gases diferem nos seres vivos.
Nas plantas:
O dióxido de carbono e o oxigénio são captados e eliminados pelas folhas através de estomas. Estas estruturas também controlam a perda de vapor de água.
Os estomas são compostos por duas células-guarda unidas numa estrutura oval.
A parede interior destas células estomáticas é mais rígida que a exterior, portanto, sempre que as células-guardas estiverem túrgidas (por osmose causado por excesso de água na planta), e visto que as duas paredes têm uma rigidez diferente, elas vão curvar para fora, abrindo o ostíolo, permitindo uma maior perca de água.
Verifica-se também o caso contrário. Se a planta tiver falta de água, as células estomáticas plasmolisadas vão perder água, diminuindo a curvatura e fechando o ostíolo.
A concentração de sais das células estomáticas é controlada pela absorção activa do catião K+ , se a planta tiver excesso de água, verifica-se uma maior transferência de K+ para o estoma, sendo depois perdidos por transporte passivo quando a planta estiver regulada.
O estado dos estomas também é influenciado pela quantidade de luz, pela temperatura, o vento, etc.
Nos animais:
Tanto pode ser directa (entre o meio e as células) ou indirecta (através de hematoses para um fluido circundante).
Directa:
A sua superfície respiratória é fina, húmida, densas em vasos sanguíneos e extensas.
Acontecem em seres pouco evoluídos, como a planária, nos anfíbios e em certos peixes.
A michoca possui um sistema ligeiramente melhorado, com um sistema circulatório a fazer trocas directas com o meio pelo tegumento.
Indirecta:
Por brânquias (peixes): zonas onde arteríolas e vénulas se juntam por uma extensa rede de capilares, o sangue venoso atravessa a rede (lamela) e atinge a arteríola. O peixe, ingerindo água, faz passá-la no sentido contrário ao do sangue, enquanto ambos trocam gases. Este mecanismo de contra-corrente permite uma maior oxigenação do sangue, visto que aumenta artificialmente o tempo de exposição (aumentando a quantidade de oxigénio absorvido para o sangue).
A água é depois expelida de novo para o meio.
Por traqueias (insectos): Os insectos possuem uma rede de tubos, chamados traquíolas que vão convegir em tubos maiores (traqueias), estas traqueias vão contactar com o meio através de orifícios na superfície corporal chamados espiráculos. Dependendo do grau de evolução dos seres, a abertura do espiráculo é controlada.
Por pulmões:
Nos mamíferos:
A superfície respiratória é composta por órgãos chamados pulmões. Estes “sacos de ar” têm uma parede musculosa e vasculada, repleta de alvéolos, que são cobertos por sacos alveolares, onde se realizam as trocas entre o sistema circulatório e o ar dentro do pulmão.
Nas aves:
Os pulmões estão guarnecidos de sacos aéros que agem como reserva de ar, melhorando a ventilação, diminuindo a densidade da ave e ajudando a dissipar calor.
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