Desde o início dos primeiros tipos de vida até aos dias de hoje, milhões de espécies de organismos já se extinguiram ou encontram-se em vias de extinção. A maior parte destas extinções é culpa dos humanos, que nos últimos dois séculos tem provocado o aquecimento global devido ao efeito de estufa (provocado pela emissão de gases para a atmosfera, em especial o dióxido de carbono). Houve alturas em que ecossistemas se encontravam desequilibrados, provocando uma drástica diminuição a biodiversidade tanto terrestre como marítima, devido a acontecimentos geológicos. Existem várias hipóteses para justificar esses acontecimentos. Uma dessas causas envolve à própria Terra e a outra envolve factores exteriores ao planeta:

  - Causas geológicas;

  - Causas cosmológicas.

Causas geológicas: transgressões marinhas, actividade vulcânica e migração dos continentes.

Causas cosmológicas: o mais comum é relacionar a passagem do Sistema Solar por locais com poeiras do espaço, ou com a explosão de uma supernova próxima da nossa galáxia ou ainda com o impacto da Terra com corpos chegados do espaço (tais como cometas e asteróides).

- História de uma extinção

            Em 1978, o geólogo norte-americano Walter Alvarez encontrava-se num desfiladeiro em Itália, a examinar rochas calcárias, descobriu uma fina camada de argila avermelhada. Depois de estudar a idade daquela sequência de camadas, descobriu que a dita camada de argila marcava a passagem da Era Mesozóica para a Era Cenozóica (que coincide com a extinção dos dinossáurios). Depois de analisada a composição química daquela argila, chegou à conclusão que ela apresentava um teor em irídio muito elevado em comparação com o teor habitual noutras rochas formadas na Terra.

            O irídio abunda em pouca quantidade na crusta terrestre, mas no espaço exterior é relativamente abundante, podendo assim ter chegado à Terra com um impacto de um asteróide ou de um cometa. Foi posta a hipótese de um corpo de grandes dimensões, vindo do espaço, ter embatido contra a Terra.

            Com este impacto poderia ter sido levantada uma nuvem de poeira e de outras partículas de pequena dimensão de tal forma densas que impediam a luz solar de chegar à Terra. Pensa-se que vastas regiões do nosso planeta possam ter ficado na escuridão por grandes períodos de tempo, talvez até anos. Assim sendo, com baixa luz solar, havia dificuldade na realização da fotossíntese, afectando assim muitas cadeias alimentares. Grande parte dos animais morreu, (nomeadamente os dinossáurios), tendo conseguido sobreviver os necrófagos. Certas plantas com sementes e/ou raízes subterrâneas, tiveram menos dificuldade em sobreviver, preservando-se assim para uma época mais propícia ao seu desenvolvimento. A camada de argila terá assentado ao fim de alguns anos.

            No séc. XX, início da década de 80, John Sepkoski e David Raup, dois paleontólogos da Universidade de Chicago verificaram uma certa periodicidade entre as extinções mais acentuadas. Essa periodicidade era de 26 milhões de anos. Esta descoberta e o facto de os dinossáurios terem desaparecido no final do período Cretácico vieram ajudar a defender a teoria defendida por Walter Alvarez que a extinção dos dinossáurios terá sido provocada pela colisão de um corpo espacial (asteróide, cometa ou outros) com a Terra.

            A tese de Némesis foi defendida por Richard Müller. A maioria das estrelas da nossa galáxia tem uma estrela companheira. Némesis, ao desenhar a sua órbita com uma periodicidade de 26 milhões de anos, aproximar-se-á do sistema solar, inclusive pela Nuvem de Oort (nuvem de cometas gelados). Ao embater contra essa nuvem, saem cometas disparados para todas a direcções; uma dessas direcções é o Sistema Solar.

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Sobre este e-portfolio

Este blogue ou e-portfolio foi construido, de modo a resumir a matéria de Biologia e Geologia...

Foi construido por Gonçalo e André Santos...

Este e-portfolio contém toda a matéria de biologia e geologia do 10 ano e do 11 ano, a qual nos foi dada pela maravilhosa professora Elvira Monteiro.

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